Joelma - Difícil, a cada dia algum fato nos surpreende, mas tem uma coisa que só aumenta, que é o carinho dos fãs. É impressionante. Por onde vamos tem cada vez mais pessoas nos dando carinho e sorrisos. São mais de 250 fãs clubes cadastrados.
A banda Calypso surgiu numa época de mudanças no mercado fonográfico e de ascensão da internet, exigindo criatividade na vinculação e comercialização das músicas. Quais são os artifícios da Calypso para driblar as armadilhas deste novo modelo de mercado?
Chimbinha - Mantemos nossa intenção de valorizarmos os compositores, pois sabemos o quanto é difícil viver da música. Além de grandes compositores, muitos deles são nossos amigos, pelo respeito que temos um com o outro. Continuarmos vendendo nossos CDs a um preço justo.
Qual a importância das novas mídias (youtube, twitter, facebook,Orkut...) para a banda Calypso?Elas são, realmente, a forma de comunicação mais próxima do público?
Joelma - Sim, não tem como fugir dessa evolução. Vemos isso em casa com nosso filho. Pena que passamos tanto tempo na estrada que não temos o tempo que gostaríamos para acessar e interagir com mais frequência. A nossa comunidade oficial no Orkut possui mais de 180 mil pessoas, fora outras um pouco menor. O que eles fazem nessa comunidade é incrível, super dedicados, sempre me contam o que eles fazem e fico sem acreditar. Mas a melhor forma é o show, onde vemos reações de perto, cantam nossa música, isso é único.
Joelma - Olha, desde criança eu ficava ensaiando passos na frente do espelho, minha mãe ficava me controlando, rsrsrsr. Essa forma de criar acho que nasceu comigo, nem sei explicar direito.
Graças à Calypso, a música paraense voltou a ser vinculada e descoberta por uma nova geração. Quais as influências musicais da Calypso e quem são os novos nomes da música paraense?
Chimbinha - Realmente assim como em cada canto desse país, tem talento pra todo lado.
No Pará não seria diferente, mas é muito difícil para todos encontrar espaço para divulgar o trabalho. A influência que recebemos vem em boa parte do Caribe, inclusive sobre o ritmo calypso, mas, como comentamos agora, a internet hoje aproxima tudo de todos.
Quantas pessoas compõe a ‘Equipe Calypso'? Como é viajar com tanta gente?
Chimbinha - Hoje temos algo em torno de 40 pessoas, além dos que viajam, tem outros cuidando da produção antes da banda chegar, verificando hotel, estrutura, etc.
Temos um grupo de profissionais muito competente, isso ajuda nosso trabalho. No entanto, o mais importante foi o termo ‘equipe' que você perguntou. Se não for equipe não funciona.
Vocês são veteranos do Forró Caju. Como é tocar numa festa tão grande e numa cidade que, teoricamente, tem uma cultura bastante diferente da de vocês?
Joelma - Acho que diferente é só a região, o carinho que recebemos em Aracaju nos deixa a vontade e quase em casa. E sempre me surpreende a organização, a segurança...as pessoas vão pra se divertir mesmo. O que nos deixa com uma responsabilidade maior, para retribuir.
O que o público do Forró Caju pode esperar do show da Calypso este ano?
Joelma - Como sempre, um show pra dançar, recheado de sucessos pra cantar. E comemorar essa festa que sem dúvida é uma das melhores do Brasil.
A entrevista foi realizada pela AAN (Agência Aracaju de Notícias).